terça-feira, 26 de março de 2013

[OPINIÃO] - Alma Rebelde, de Carla M. Soares


Este é o primeiro livro que leio de Carla M. Soares e gostei muito. Tal como as óptimas criticas indicavam este seria uma óptima leitura.

Na história, Joana vive numa tristeza medonha devido ao seu casamento arranjado entre seu pai e os D’Oriaga. A personagem é muito negativa e o seu sofrimento é doentio. Este sofrimento tem uma razão de ser: Joana vive rodeada de família com casamentos arranjados que não correm nada bem. Um forte exemplo disso é a sua prima Ester, que vive num casamento que é um verdadeiro inferno e que é relatado a Joana, acabando por criar em Joana a ideia de que deste inferno a própria também não se escapa.
Joana olha para si como uma mercadoria pronta a ser despachada para a casa dos D’Oriaga e como moeda de troca terá direito a um título.
Nesta altura surge a reviravolta na história. Quando Joana já está na sua futura casa, aguardando o dia do seu casamento, dá-se o aparecimento de Santiago, o seu noivo.
Santiago é tudo aquilo que Joana não esperava: um homem sonhador e alegre e que tal como Joana se sente também ele uma mercadoria. No entanto, Santiago decide arregaçar as mangas e ir á luta. Joana também é bem diferente daquilo que o próprio esperava, para melhor e deste a primeira vez que se cruzam o amor nasce entre os dois.
Santiago acaba por despertar novas sensações em Joana e esta sente receio e fica com “um pé atrás” não se deixando levar pela paixão, mas rapidamente isso é esquecido e Joana é levada na onda do amor, entregando-se a Santiago.
Joana vê tudo isto como uma feliz partida do destino e o futuro que Santiago lhe apresenta ainda a deixa mais feliz, percebendo que encontrou o seu príncipe encantado.
É de louvar este ser um livro tão simples e ao mesmo tempo tão bom e ainda por cima de tudo isto ser um produto português. É mais uma prova que o que é nacional é bom.
É de salientar ainda que entre livro pões temas muito importantes “em cima da mesa”, tais como, a relação entre a burguesia e a nobreza, o lugar das mulheres na sociedade dessa época e as relações entre Portugal e o Brasil.

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